Qual a cor do teu rubi?

Tuesday, June 5, 2007

Fincar parado

Fico de fincar com os dentes da consciência neste borbulhar de palavras desconexas da lógica segura e coerente.

Espero aturdido pela próxima aragem mais convicta do sono bem acordado, bem imaginado, bem finalizado...
É os fins que procuro, harmoniosos, claros; mas é os caminhos que encontro, caóticos, imparáveis; que me deixam assim; cáustico, corrosivo.
Mas finco, de ficar parado, sem cair, para me olhar sonhado.
O silêncio como solução só existe na solidão.
Deixam-me fincar, esperando que deixe de ficar assim - ausente.
Comovo-me com o pássaro, saltitante - o guarda da chuva que saltita enquanto sacode as suas penas de plástico, pingando água, água salgada, lágrimas compulsivas que encontram pausas no chão.
Deitar é tentação mas é a inevitável solução.
Sem deitar não há sonho, sem sonho não há acordar, sem acordar a luta é imensa e o resultado é apenas fincar os pés parados, de corpo sob o pé, e o vazio é enorme.
A pausa no chão é tão boa mas tão solitária!

Por isso finco de ficar com os dentes da consciência neste borbulhar de palavras desconexas da lógica segura e coerente.

1 comment:

andré said...

Foste catado!!
eh eh...mas que poderia ser verdade, poderia....

Olho de vidro

Olho de vidro
Foto: João Tatá Regala